Os elementos do posto fronteiriço da Guiné parecem ter ficado bastante admirados ao nos verem, dado que a estrada que percorremos até ali é bastante difícil, mesmo para veículos todo-o-terreno. Começou então a lenta e complicada burocracia guineense. Um senhor militar já com alguma idade prencheu os papéis com uma lentidão enervante. A seguir à imigração, passámos à alfândega, onde nos revistaram os carros. Depois de pagarmos as respectivas taxas, ficámos a saber que aquele posto não tinha capacidade para completar as formalidades. Tivemos então de seguir atrás de um elemento da alfândega que, de mota, nos conduziu até ao chefe administrativo da zona. Dado que gastámos várias horas na fronteira, a noite estava quase a cair quando chegámos à povoação mais próxima. Fomos então recebidos pelo responsável no seu escritório sem energia eléctrica, enquanto o céu parecia desabar num aguaceiro torrencial. Tendo explicado a nossa situação, o senhor começou a escrever um ofício para entregar à sua funcionária, que nos iria acompanhar a outro chefe noutra povoação, que supostamente estaria um grau acima na hierarquia administrativa. Como o gabinete já estava na mais completa escuridão, tivemos de usar as nossas lanternas a pilhas para iluminar o gabinete, permitindo assim que o senhor completasse a redacção do documento.
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