Esperámos até a meio da manhã que viessem boas notícias de Monróvia mas, apesar dos esforços do nosso contacto, não houve hipótese de resolver as coisas em tão curto prazo. Como o nosso calendário era apertado, não podiamos gastar mais tempo num processo que não era essencial ao nosso projecto. Voltámos então ao posto fronteiriço da Costa do Marfim, para fazer o caminho de volta. Iríamos então sair do país pela vizinha fronteira com a Guiné. Ao contrário do que seria de esperar, os nossos 'amigos' costa-marfinenses não aproveitaram a nossa falta de alternativas para obter mais uma boa maquia. Pagámos apenas o suficiente para ter direito uma escolta que nos acompanharia até à fronteira com a Guiné. Essa escolta consistia num tropa que ia connosco no jipe e por mais dois que iam de mota, à nossa frente, a 'abrir caminho' através dos postos de controlo. O negócio acabou por nos ser bastante favorável em termos económicos e de tempo.
Se a estrada de acesso à Libéria era má, a outra que seguia em direcção à Guiné era bastante pior e mais longa. Demorámos umas boas hora a percorrer aquelas poucas dezenas de quilómetros de caminho acidentado, através de uma selva densa. A água lamacenta escondia crateras de profundidade considerável. Saímos mesmo dos carros quando tivemos de atravessar pontes construídas com troncos, de aspecto bastante frágil.
Sem percalços de maior, conseguimos chegar ao último posto de controlo da Costa do Marfim, onde nem a presença da nossa escolta foi suficiente para evitar pagar mais uns quantos francos CFA no sentido de regularizar os nossos papéis.
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