O Sargento Djaló


Vencida a burocracia, fizémo-nos à estrada, em direcção a Conakry. Logo à saída da cidade, encontrámos uma grande barreira policial, onde tivemos de parar. Vieram pedir-nos para dar boleia a um militar até Conakry. Foi assim que conhecemos o 'nosso' Sargento Djaló, que entrou no jipe com a metralhadora numa mão e um cacho de bananas na outra. Foi a melhor coisa que nos podia acontecer. Nunca mais tivemos problemas nos numerosos postos de controlo que fomos encontrando no caminho. Nem mesmo quando o jipe que ia atrás ficou retido numa barreira porque o motorista perdeu a carta de condução internacional. O jipe que ia à frente só deu pela falta do outro uns bons quilómetros mais à frente. Lá tivemos de voltar para trás, para que o nosso sargento fosse resgatar o outro carro. Mesmo assim, era uma situação complicada, pois ainda havia muitas fronteiras para cruzar, mas tinhamos esperança de resolver o problema em Conacry. Continuámos então, passando por Faranah, até chegar a Mamou, já a noite ia longa. O nosso sargento voltou a revelar-se útil a procurar sítio para dormir a meio da noite e a colocar em ordem os nossos colegas ganeses, que se demoravam sempre a escolher os quartos.

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