Última fronteira: Nigéria
Partimos de Zinder no dia 1 de Agosto de manhã, seguindo a estrada para sul, em direcção à fronteira com a Nigéria.
A quantidade de vendedores de combustível à beira da estrada e de camiões cisterna que circulavam aumentava à medida que a Nigéria ficava mais próxima. Para cruzar a fronteira voltámos às dificuldades da burocracia e das taxas não oficiais. Para além dos serviços de emigração e da alfândega, tivemos ainda de ser entrevistados pelos serviços de segurança interna. Além disso, estivemos quase a mandar de volta o motorista que não tinha passaporte, dadas as dificuldades que nos foram postas. Ainda por cima não encontrámos um cartão internacional de vacinas de um membro da equipa. Finalmente, ao fim de várias horas, lá nos deixaram seguir, com a promessa de regularizar a situação do cartão de vacinas em Abuja.
Voltámos também às barreiras policiais na estrada, com a agravante de serem ainda mais numerosas do que as encontradas na Costa do Marfim e na Guiné. Além disso, estavam todos armados até aos dentes e alguns deles estavam muito alegres e de passada algo incerta.
A primeira grande cidade que atravessámos foi Kano. O lixo amontoava-se nas ruas, por entre poças de água misturada com óleo. O trânsito era intenso e caótico. Quase se sentia o cheiro a petróleo no ar.
A partir de Kano apanhámos uma autoestrada para sul, a caminho de Abuja, onde éramos esperados pelo chefe do instituto geográfico federal (OSGOF). Pior do que já tínhamos constatado na Costa do Marfim, nesta autoestrada havia até barracas a vender coisas nas bermas e pessoas em amena cavaqueira, sentadas no separador central, mesmo durante a noite. Como gastámos mais de 4 horas na fronteira, optámos por dormir em Zaria e só chegar a Abuja no dia seguinte.
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