Conseguimos encontrar hotel sem dar muitas voltas e jantámos por lá. Aqui até havia oferta de uns serviços extra que não constavam na tabela oficial. Entretanto, começam a chegar-nos notícias perturbadoras de confrontos graves na zona de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, com centenas de mortos. Este era precisamente no caminho que estava planeado. Os nossos colegas ganeses, que já andavam há dias a queixar-se que a Nigéria era insegura, ficaram ainda mais preocupados. No entanto, como portugueses que somos, não foi difícil contornar o problema. Decidimos então continuar para leste pelo sul do Níger, avançando até onde as condições das estradas nos permitissem. Depois voltaríamos para trás, entrando então pelo norte da Nigéria onde as coisas estivessem mais calmas. Contactámos o responsável alemão do DLR que concordou com a nossa solução.
No dia seguinte fomos apanhados pela confusão do mercado de rua, tendo perdido algum tempo para retomar o ponto do dia anterior. Mal saímos da cidade, deparámos logo com uma paisagem desértica mas salpicada por muito verde, dado que estamos na estação das chuvas.
Os solos férteis da planície aluvial do rio Níger apresentavam-se quase todos cultivados pela força dos braços e dos animais, sendo raro avistar qualquer máquina agrícola. A outra grande fonte de rendimento destas povoações é a criação de gado.
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